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A Importância da Paixão

Escrito por Felipe Cotrim 13/03/2018
A Importância da Paixão

Estou lendo Steve Jobs. Finalmente.

A biografia absoluta por Walter Isaacson.

Apesar de ter achado todos os capítulos fascinantes até agora, uma parte em especial me chamou a atenção nessa última semana.

Em 1981, Jobs tinha aproximadamente 26 anos e foi forçado a se retirar do projeto do computador Lisa por conflitos com a equipe.

Nessa época, outro projeto que já estava em andamento despertou seu interesse, o Macintosh.

O Mac era um projeto original de Jef Raskin e liderado pelo mesmo, mas Jobs arrumou ainda mais conflitos, dessa vez não ocasionando na sua saída, mas sim na saída de Raskin.

Apesar de ser um projeto secundário para a Apple, o Mac estava avançando rápido.

E precisando de pessoas para compor a equipe, sabe qual era o principal critério de seleção utilizado por Jobs?

Paixão.

Na verdade, era o único critério.

Ele queria ver brilho nos olhos e queria que as pessoas exclamassem “uau” diante de um protótipo da máquina.

Se isso acontecia, o candidato estava contratado.

Paixão. Simples assim.

A IMPORTÂNCIA DA PAIXÃO

Ainda que paixão seja relevante, considerar somente isso parece uma forma muito extrema e restrita de seleção, concorda?

Mas será que às vezes não pensamos somente no outro extremo e esquecemos de avaliar esse componente super valioso?

O que seria de uma jornada empreendedora sem paixão?

Nada, pois o início é difícil, os obstáculos são enormes e a vontade de jogar tudo para o alto é muito forte. Paixão, nesses momentos, é essencial.

Jobs é suspeito, mas ele próprio fala sobre a importância da paixão no trabalho durante o famoso discurso de graduação de Stanford em 2005 (24 anos depois do caso mencionado acima).

A mensagem original é:

Você tem que encontrar o que ama. A única maneira de fazer um excelente trabalho é amando o que você faz. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não pare. (Steve Jobs)

Ken Robinson, palestrante do TED mais assistido de todos os tempos, escreveu um livro chamado The Element em 2009.

Seu argumento principal é de que devemos buscar a sinergia entre paixão e talento nas nossas atividades. Só assim seremos realmente recompensados pelo que fazemos.

Nunca subestime a importância vital de encontrar cedo na vida o trabalho que para você é diversão (Ken Robinson).

Peter Drucker, o “pai” da administração moderna, escreveu na Harvard Business Review que para se fazer algo verdadeiramente excelente, só a partir de seus pontos fortes.

Não raramente, as coisas que fazemos muito bem também são coisas que gostamos muito de fazer.

Nós precisamos saber as nossas forças para saber onde pertencemos (Peter Drucker).

UNIR PAIXÃO, TALENTO E VIABILIDADE

Às vezes só nos preocupamos com a “oportunidade de mercado ideal”.

Ok, isso é importante.

Mas e se o caminho até a oportunidade ideal se concretizar for um saco?

E se a cada passo dado para frente você for surpreendido e andar 5 para trás?

Você vai precisar de paixão!

Saber unir paixão, talento e viabilidade talvez tenha sido o exercício mais difícil que eu já fiz na minha vida.

Chegar na essência dessa sinergia, na interseção perfeita é muito trabalhoso. Envolve muito autoconhecimento, mas pode ser muito poderoso.

CONCLUSÃO

Paixão é fundamental.

Tenho vislumbrado os melhores caminhos para a minha vida ouvindo a minha intuição e aos poucos começando a fazer o que amo.

É assustador pensar o quanto eu era desconectado de mim mesmo 3 anos atrás.

Eu acredito que quando você tem paixão profunda pelo que faz, suas chances de impactar o mundo são muito maiores, suas chances de sensibilizar e mover pessoas também, e suas chances de ser recompensado por isso também.

Você sabe pelo que você é apaixonado ou apaixonada?

PARA PENSAR:

O que você faria com prazer numa segunda feira 6 horas da manhã?

O que te faz perder a noção do tempo enquanto você executa?

O que você estaria disposto a pagar para fazer? (Essa é boa!)

Referências:

[LIVRO] Walter Isaacson (2011) Steve Jobs. Companhia das Letras.

[ARTIGO] Peter Drucker (2005) Managing Oneself. Harvard Business Review. 

[LIVRO] Ken Robinson (2009) The Element: How Finding Your Passion Changes Everything. Penguin Group.

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