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Os 5 benefícios de se manter um simples caderno por perto

Escrito por Felipe Cotrim 27/02/2018
Os 5 benefícios de se manter um simples caderno por perto

Em 2012, sem saber, eu tomei uma ótima decisão.

Eu comecei a utilizar um caderno para escrever tudo o que estivesse na minha cabeça.

Desde pendências cotidianas e pequenos planos para o futuro até reflexões de autodescoberta e composições musicais.

Nele, você encontra tanto anotações do trabalho, quanto ensaios do discurso que fiz no meu casamento.

É livre de regras.

Enfim, são quase 6 anos acompanhado por um caderno. Sem linhas, de preferência.

Essa foi uma ferramenta muito poderosa para mim ao longo dos últimos anos e vou mostrando o porquê.

É sabido que existem bons motivos para manter um hábito de journaling, inclusive bons motivos para homens manterem um hábito de journaling, mas hoje gostaria de falar sobre ter manter um simples caderno com você.

Aqui estão os 5 maiores benefícios que eu vejo:

1. MENOS ANSIEDADE

Eu aprendi que escrever é uma das coisas que diminui bastante a minha conversa interna.

Todos nós temos algum nível de estresse e ansiedade. Ruminar pensamentos é péssimo para a saúde mental.

Ganhar perspectiva sobre o problema é necessário e uma das maneiras que eu faço isso é com uma folha de papel em branco.

Liste tudo o que está na sua cabeça.

Só o fato de “enxergar” o que está te causando mal estar já ajuda, pois distancia.

Se você não é muito literal, faça mapas, esquemas, desenhos. E depois ligue as ideias, rabisque, grife, use cores e post-its.

Eu, por exemplo, sou uma pessoa mais visual, meu caderno é cheio de rabiscos.

Ter um caderno me ajuda a sair do meio da tempestade de pensamentos e olhar a chuva pela janela.

2. REFLEXÕES VALEM MUITO

Muito do meu amadurecimento pessoal está espalhado por diversas folhas desses cadernos.

São exercícios de autoconhecimento, partes interessantes de livros, citações que me caíram como uma luva, resumos de TEDs geniais e muito mais.

Para mim é assim, não adianta ler 50 livros por ano nem atropelar um monte de cursos online.

Quantidade pode ser bom, mas é preciso absorver o conhecimento novo, e para isso eu uso o meu caderno.

Vale lembrar que esta é a maneira que eu utilizo o meu caderno. Existem hábitos de escrita diferentes, mas também benéficos.

3. O PODER DA ITERAÇÃO

Isso mesmo, eu não disse interação, é iteração.

Iteração, nesse contexto, é o processo de ir e voltar nas páginas buscando sinergias.

É a ação de rever, refazer, reescrever e de buscar padrões entre as ideias. De saber unir uma reflexão de meses atrás com uma oportunidade que surgiu ontem.

É como juntar peças de um quebra-cabeça, tem peças valiosas por todos os lados, mas é preciso ver, rever, pensar e repensar.

Por exemplo, em determinado momento, talvez 2015, eu realizei reflexões importantes sobre as minhas habilidades principais e os meus talentos.

Foi ótimo, eu descobri bastante sobre mim. Porém, isso valeu realmente a pena quando eu pude unir essas informações com o desenvolvimento de um modelo de negócio em 2017.

Veja, nada impede de você usar outros meios: apps, arquivos de texto, áudios, etc. Mas para mim, um caderno é ideal, principalmente pela facilidade de iterar.

4. FONTE RICA DE REFERÊNCIAS

Assim como eu disse no início, no meu caderno têm exercícios, ideias centrais de livros, citações, argumentos de filmes, resumos de vídeos e muito mais. Com o tempo, isso se torna uma rica fonte de consulta.

Por exemplo, nada melhor que procurar os pontos principais de um artigo da Harvard Business Review para poder escrever sobre Liderança Autêntica, tema que muito pesquisei no Mestrado.

Outro exemplo, enquanto escrevo esse texto, noto que falta alguma inspiração, então basta folhear algumas páginas e encontrar algo assim:

“Reading is the supreme lifehack” – Thomas Oppong

(Ler é o hack supremo da vida).

Aliás, acho essa frase genial.

Num momento que estamos rodeados por hacks, dicas, sacadas, truques e atalhos, aí está a melhor sacada de todas: ler.

5. SENTIR O PROGRESSO NA VEIA

Antigamente, eu tinha a impressão de estar sempre no mesmo lugar, que um ano inteiro tinha se passado e eu pouco evoluído, algo como uma insatisfação constante.

Realmente é difícil ver, de fato, o quanto você mudou e melhorou.

Mas quando você mantém um caderno de estimação por alguns anos e volta nas páginas de 1, 5 ou 10 anos atrás, algo mágico acontece.

Você sente na veia o quanto evoluiu.

A conversa interna é mais ou menos assim:

Para quê eu escrevi isso? É tão óbvio!

Minha visão sobre empreendedorismo era tão limitada assim?

Uau, fazer um mestrado rodeava meus pensamentos desde 2012!

Ou seja, não há melhor remédio para os perfeccionistas que nunca se contentam com os passos já dados.

Meu caderno é livre. Sem linhas, sem regras, sem obrigações.

Meu caderno é meu. E ainda que você tenha gostado de algumas ideias aqui, é importante você fazer o seu.

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