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Como eu estou silenciando a minha conversa interna (em 4 técnicas)

Escrito por Felipe Cotrim 07/11/2017
Como eu estou silenciando a minha conversa interna (em 4 técnicas)

No último artigo, falei do papel dos crucibles na construção de uma liderança excepcional.

Crucibles são provas severas que passamos na vida, verdadeiros testes de fogo. São experiências geralmente duras e negativas podendo ser traumáticas e deixar feridas profundas.

Os exemplos podem ir desde morar fora do país e perder o emprego até problemas mais graves como saúde e morte.

A questão principal é: algumas pessoas conseguem transformar esses duros momentos da vida em força, responsabilidade, liderança, determinação e autenticidade.

Enquanto outras não, e acabam virando vítimas, reféns e vivendo com amarguras e máscaras.

No meu caso, meus crucibles são refletidos automaticamente em ansiedade.

Não que eu sofra de algum transtorno ou tenha sido diagnosticado com algo, mas eu tenho uma agitação interna constante.

Ou como minha psicóloga dizia: “sua conversa interna não para”.

Meu objetivo aqui não é fornecer nenhuma fórmula, ou passar por profissional.

Mas simplesmente bater um papo sobre essa agitação interna, compartilhar experimentos que funcionam para mim, e quem sabe (tomara!) ajudar alguém.

Então vamos lá!

1) PSICOTERAPIA, COACH, PARCEIRA, AMIGO, E SALA DE CASA

“Tenha alguém para conversar sempre!”

Ouvi essa frase uma vez do Otto Baumgart em uma palestra na FGV de São Paulo que me marcou bastante.

Se você paga um psicólogo ou um coach, isso é ótimo, pois nada melhor que um profissional para nos guiar na direção certa.

Se este não é o seu caso, converse com a sua esposa ou namorada, as pessoas menos envolvidas conseguem enxergar o que nós não conseguimos. Pelo menos é o que a minha experiência me mostrou.

Se seu par não ajudar, procure um amigo. Vá tomar um café, fale, ouça, chore, dê risada.

O que me ajuda muitas vezes é a sala da minha casa. Experimente externalizar seus pensamentos, fique em pé na sua sala, discuta consigo mesmo, ande de uma lado para o outro, organize suas ideias, visualize a situação que você vai enfrentar, imagine a pessoa que você terá que lidar ou já lidou.

Desorganize as ideias para que elas se organizem.

2) MEDITAÇÃO

“Curiosity, interest and wonder in the present moment” (HeadSpace)

Meditar para mim é algo extremamente difícil. Desde quando criei minha conta no HeadSpace, em meados de 2016, já meditei mais de 250 vezes em sessões de 15 minutos, ou seja, aproximadamente 60 horas.

Apesar de ser um exercício muito desafiador para mim, a sensação de paz é surpreendente e meu dia é mais produtivo. Além de mais eficaz, o que eu considero mais importante.

É como se o exercício da meditação me deixasse subir um degrau para olhar os problemas e as situações da vida com mais perspectiva.

Crie um hábito de 5, 10 ou 15 minutos por dia, não desista, insista por pelo menos 1 mês. Avalie os resultados e imagine o poder disso depois de 1 ano, depois 5 de anos, e depois de uma vida inteira…

Uma Pós em Administração no Insper dura 446 horas, é um programa de alto nível (que por sinal, eu adorei). Mas se você criar um hábito de meditação de apenas 15 minutos por dia, depois de 5 anos você terá acumulado 450 horas de experiência!

Não se empenhe somente na pós do currículo, se empenhe também na pós-graduação do espírito.

Garanto que, assim como a minha, sua conversa interna diminuirá =)

3) ESCREVER

Não estou falando escrever um artigo de 4 mil palavras, não é necessário.

Pegue uma folha de papel em branco e liste tudo o que está na sua cabeça. Só o fato de “enxergar” o que está te causando mal estar já ajuda. Mas além de listar, defina ações para cada, nem que a ação seja aceitar um fato.

Ir resolvendo aos poucos, respeitando o tempo de cada coisa, irá trazer bem estar imediato. É como riscar algo da sua agenda, traz aquele sentimento de “Check! Uma coisa a menos”.

Se você não é muito literal, faça mapas, esquemas, desenhos. E depois, ligue as ideias, rabisque, grife, use cores e post-its.

Eu sou uma pessoa mais visual, mas qualquer um dos métodos funciona como um alívio para mim.

O importante aqui é sair do caos emocional e olhar as coisas por outro ângulo. Um ângulo mais proativo e menos reativo.

Saia do meio da tempestade de pensamentos, você vai se molhar e os trovões vão te assustar. Entre na sua casa, faça um café e assista a chuva pela janela.

Essa deveria ser a nossa relação com os pensamentos ansiosos.

4) LER

É claro que se você estiver muito agitado, abrir um livro não vai ajudar em nada. As palavras vão parecer um mar e a sensação provável será de enjoo.

Ler me ajuda mais no longo prazo. Você já parou para pensar como era a sua mentalidade 10 livros atrás? Ou até mesmo 1 livro atrás? Pergunte-se agora! Nós mudamos muito.

Livros são muito poderosos e agregam valor pouco a pouco, vão formando uma base de rocha e fazendo pontes entre conceitos dentro da nossa cabeça.

A lição algumas vezes nós já sabemos, mas ler nos dá novas perspectivas, às vezes basta um ângulo diferente para nos fazer absorver muito mais. E claro, evoluir muito mais.

Bom, a verdade é que a prática é extremamente mais difícil do que a teoria, principalmente quando falamos de uma mente agitada. Mas se eu pudesse resumir todos os métodos acima em uma palavra, ela seria autoconhecimento.

É isto que, desde 2015 (meu fundo do poço emocional), vem me ajudando de maneira sustentável.

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