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Você Vive em Modo Automático?

Escrito por Felipe Cotrim 10/07/2018
Você Vive em Modo Automático?

O filósofo alemão Hegel diz que alienado é aquele que produz algo, mas não compreende a razão.

Sim, esse termo alienação nos remete à revolução industrial e talvez a imagem mais explicativa dessa palavra seja a cena de Chaplin andando nas engrenagens das máquinas no clássico filme Tempos Modernos.

Mas voltando à lógica de Hegel, somos nós mesmos que “produzimos” a nossa vida, certo?

Sendo assim, será que nós entendemos a razão dela ou será que vivemos alienados?

Alienado também é aquele que não pertence a si mesmo, explica o professor Mario Sergio Cortella citando Karl Marx.

Em que momentos não pertencemos a nós mesmos?

Quantas coisas fazemos de modo automático e robótico?

Muitas. Rotinas domésticas, hábitos de higiene, ações cotidianas.

Do contrário, nosso cérebro entraria em colapso ao ter que pensar em cada mínimo detalhe do dia, explica Charles Duhigg em O Poder do Hábito.

Ou seja, o comportamento automático não é sempre ruim.

Mesmo assim, tenha cuidado, pois essa alienação não pode se estender a tudo.

COMO ENCONTRAR SIGNIFICADO?

Não se pode trabalhar todos os dias de maneira robótica, não se pode viver uma vida inteira sem pertencer a si mesmo.

O autor Daniel Pink explica em Drive que encontrar propósito e significado é um dos grandes motivadores humanos.

De fato, dificilmente veremos um cidadão estilo o Chaplin dos Tempos Modernos altamente motivado, engajado e interessado.

Para mim, encontrar significado começou com um movimento de dentro para fora.

Sair do modo automático só se deu início quando comecei a me questionar.

Começar a pertencer a mim mesmo só se tornou uma opção real quando passei a entender a mim mesmo.

Trata-se de um processo, muitas vezes longo e duro. Tenha paciência e compaixão consigo mesmo.

“A abordagem de dentro para fora mostra que as vitórias particulares precedem as vitórias públicas”

Stephen Covey

Num mundo que só nos faz acelerar, frear tem cada vez mais importância.

Em pleno 2018, num mundo onde ainda sobram indivíduos alienados, não só te digo o primeiro passo para sair desse modo robótico, mas também te faço uma das perguntas mais antigas e difíceis de todos os tempos:

Quem é você?

Referências:

Charles Duhigg (2012) O Poder do Hábito. Editora Schwarcz S.A., Rio de Janeiro.

Daniel Pink (2009) Drive: The Surprising Truth About What Motivates Us. RiverHead Books, New York.

Mario Sergio Cortella (2016) Por Que Fazemos O Que Fazemos? Editora Planeta do Brasil, São Paulo.

Stephen Covey (1989) Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes. Franklin Covey.

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