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Baixa Autoestima? Nem Sempre é Isso.

Escrito por Felipe Cotrim 03/04/2018
Baixa Autoestima? Nem Sempre é Isso.

Sua ideia sobre pessoas com baixa autoestima pode estar errada.

Quando eu pensava em um indivíduo com baixa autoestima, a imagem que me vinha na cabeça era de alguém infeliz e insatisfeito consigo mesmo.

Entretanto, depois de ler um estudo científico sobre o assunto, descobri que 3 pesquisadores sugerem o contrário.

Baumeister, Tice e Hutton notaram em 1989 que pessoas consideradas com baixa autoestima têm tendência a escolher alternativas neutras em questionários auto investigativos.

Isto é, numa escala de 1 a 5, elas respondem 3. Ou ainda, se existe uma opção “não sei” ou “neutro”, ela geralmente é escolhida.

O que isso significa?

Significa que essas pessoas consideradas com baixa autoestima, são, muitas vezes, confusas e incertas em relação a si próprias.

Pouquíssimas delas escolheram as alternativas que claramente demonstravam descontentamento consigo mesmas, o que seria a opção mais óbvia para alguém com baixa autoestima.

Pois é, meu Mestrado é em Administração, mas as leituras sobre Liderança Autêntica tem me levado muito para o lado da Psicologia.

Se Steve Jobs dizia que gostava de ficar na interseção entre tecnologia e humanidades, eu digo que gosto de ficar na interseção entre Administração e Psicologia =)

A IMPORTÂNCIA DE SE CONHECER

Se as pessoas são confusas e incertas em relação a si próprias, o que falta é autoconhecimento.

Isso quer dizer que uma pessoa que se conhece bem é mais confiante?

Sim!

Daniel Goleman, autor do brilhante estudo sobre Inteligência Emocional, diz que uma das principais características em líderes que possuem autoconhecimento é autoconfiança.

Autoconhecimento esclarece as coisas, joga luz em emoções antes obscuras, levanta seus valores centrais, assim como seus pontos fortes e limitações.

Autoconhecimento é o caminho para encontrar um norte.

E sinceramente, você se torna inabalável e muito confiante quando tem clareza sobre o seu norte e quando sabe sobre quais pontos fortes e valores se apoiar durante a caminhada.

CONCLUSÃO

Essa “autoconfusão” é normal. É normal que a nossa essência se perca nesse mundo turbulento.

É normal esquecermos de nós com bombardeios de informação todos os dias.

É normal esquecermos a nossa verdadeira voz com tanto barulho.

É normal não saber o que viemos fazer no mundo quando escolhemos apenas o melhor caminho, e não o melhor caminho para nós.

A boa notícia é que se conhecer não exige regra, qualquer reflexão é válida, desde uma lição tirada de um filme até um retiro espiritual com monges na Índia. Depende mais de você do que das circunstâncias.

Pode começar através de uma dificuldade real da vida ou pode ser simplesmente levantando seus pontos fortes.

Também pode ser contando a sua história ou identificando um fator fundamental: paixão.

Pode ser através de ferramentas como esta aqui ou, melhor ainda, pode ser fazendo tudo isso junto.

Referências:

Baumeister, Tice & Hutton (1989) Self Presentation Motivation and Personality Differences in Self-Esteem. Journal of Personality. Volume 57, p. 547-579.

Daniel Goleman (2004) What Makes a Leader? Harvard Business Review. Best of HBR 1998, p. 1-10.

Michael Kernis (2003) Toward a Conceptualization of Optimal Self-Esteem. Psychological Inquiry. Volume 14 (1), p. 1-26.

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